segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Doze lições sobre o que é amar

Doze lições de quando amar é o que





I
Quando ansiar pelo que é amar,
narina abrir-se ao ar que
planta crescer ao sol que
peixe saltar n’água que
escassam
II
Quando sentir o que é amar,
gelar ventre que
palpitar seio que
tremer perna que
não se contêm
III
Quando tocar o que é amar,
morder leve a boca que
sorver doce a língua que
suar quente a pele que
são uma só
IV
Quando possuir o que amar
um cão fiel que
um anjo bom que
mão ao bolso que
guarda
V
Quando delirar de amar,
percorrer caminhos que
revolverem chãos que
caírem céus, luas que
se dissolvem
VI
Quando viver o que é amar,
aço erguer o que
flash flagrar o que
tatoo marcar o que
eterniza
VII
Quando saturar de amar
colorirem bolhas que
pulsarem estrelas que
romperem zíperes que
estouram
VIII
Quando acabar de amar
flor sem talo que
voz sem tom que
casa de barro que
extingue
IX
Quando perder o que amar
sumir uma peça que
eliminar membro que
partir uma vida que
faz falta
X
Quando sofrer por amar
apoiar em ombro que
rolar lágrima que
sair pra festa que
consola
XI
Quando enfim for isto que
faz dobrar sentidos que
subverte juízos que
traduz um pouco do que
é amar,
XII

É a hora em que,

surge um que
vem outro que
-sincero-
breve e alto
diz que
ecoa
“eu te amo!”

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