sábado, 16 de outubro de 2010

Nostradamus.... Nós travamos...

Querem providenciar um novo Nostradamus, alardeou-se na mídia outro dia. Se a sena acumula, crescem apostas como um enxame em torno de um invasor da colmeia. Fatos como esses atestam a sede por alguma notícia rápida do futuro, para saber se ele valerá a pena ou se trará algo que nos beneficie. Essa é a ansiedade que move certas pessoas, que as deslocam do real presente, que rompe de uma vez o já tênue laço que as unem ao que resta de tradição. Adeus rebeldes com e sem causas... Seus tempos de glória -ou não- parecem cada vez mais distantes. Olá novos yupies com e sem calças! Mais uma década de riscos os esperam.
O discurso da verdadeira vitoriosa de nossas últimas eleições presidenciais, Marina Silva, também clamava para o "futuro do Brasil". O brasileiro prestes a embarcar na nova versão do "Brasil do futuro" setentista precisa estar atento. Caso não se comande bem a proa, essa embarcação pode naufragar novamente e haja Tiririca depois para repaziguar os ânimos enquanto não se cai na real novamente. Olhemos para o futuro sim, mas não nos percamos no mar de possibilidades duvidosas que se abre para nós, quer em discursos de dentro ou de fora.
Vejamos o que nossa bola de cristal mais confiável - a arte- prenuncia. Mesmo com o brilho um pouco ofuscado pelo velado uso político que se tentou fazer dela recentemente, os últimos lançamentos parecem apontar para que "determinação" e "acuidade" dominem nossos julgamentos. Vide para isso as produções mais badaladas de nosso cinema recente ("É proibido fumar" e "Tropa de Elite 2". Esqueçamos um pouco o futuro e nos viremos um pouco para o esquecido presente, quem sabe assim não ganhemos tempo para nos reconciliar com o passado.

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